sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cem Sonetos de Amor - XXIII (Pablo Neruda)







XXIII

FOI luz o fogo e pão a lua rancorosa,
o jasmim duplicou seu estrelado segredo,
e do terrível amor as suaves mãos puras
deram paz a meus olhos e sol a meus sentidos.

Oh amor, como de repente, dos rasgos
fizeste o edifício da doce firmeza,
derrotaste as unhas malignas e zelosas
e hoje diante do mundo somos como uma só vida.

Assim foi, assim é e assim será até quando,
selvagem e doce amor, bem-amada Matilde,
o tempo nos assinale a flor final do dia.

Sem ti, sem mim, sem luz já não seremos:
então mais além da terra e a sombra
o resplendor de nosso amor seguirá vivo.



Cem Sonetos de Amor - Pablo Neruda








To Luthien Tinuviel, Sonya Marmeladov, Daphne ... Wonderful women of the world literature that made up the mosaic of my ideal of romantic love. My Soul Mate, I know you there and thank you for that.

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