quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cem Sonetos de Amor - XVII (Pablo Neruda)



XVII

NÃO TE AMO como se fosses rosa de sal, topázio

ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sobra e a alma.





Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,

te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

senão assim deste modo em que não sou nem és,

tão perto que tua mão sobre meu peito é minha,
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.





Cem Sonetos de Amor - Pablo Neruda


To Luthien Tinuviel, Sonya Marmeladov, Daphne ... Wonderful women of the world literature that made up the mosaic of my ideal of romantic love. My Soul Mate, I know you there and thank you for that.

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