segunda-feira, 16 de maio de 2011

VIAJANDO ESPIRITUALMENTE NO CANTO SECRETO DOS BUDAS DA TERRA PURA - II (Wagner Borges)

 
(Na Terra Pura de Nós Mesmos...)

Que Amor é esse?...
Que, mesmo na noite fria, aquece o meu coração?
Que vem de mansinho, como uma brisa cálida...
E me diz, em espírito: "Ninguém morre!"

Que Amor é esse?...
Que eu sinto que está em tudo.
Que me faz ver um rio espiritual, algures...
Onde os espíritos nadam felizes.

Que Amor é esse?...
Que faz o chão ficar estrelado...
E que me diz que o Buda** está em todos os corações.
Inclusive, no meu, e no seu, caro irmão e amigo de senda.

Que Amor é esse?...
Que fala de Sabedoria e Paz.
Que nada julga; só ama; que a tudo compreende...
E que me diz, "só é forte quem ama!"

Que Amor é esse?...
Que corre como um rio...
Na direção do Oceano de Ananda***.
O mesmo rio onde nadam os espíritos felizes.

Que Amor é esse?...
Que me abraça em silêncio na flor de lótus.
Que faz o meu coração virar joia...
E vibrar pelo Bem de todos.

Que Amor é esse?...
Que me mostra os espíritos rindo, além...
E me diz: "Sim, eles vivem!"
E que me faz nadar no mesmo rio que eles...

Que Amor é esse?...
Que me embala - como uma mãe embala o filho...
Que me diz: "Embale os seus irmãos no mesmo Amor...
Pois há um Buda em cada coração."

Que Amor é esse?...
Que desce aqui, na Força do Espírito...
Como um Sopro Vital do Eterno.
E que abençoa a tudo e a todos.

Que Amor é esse?...
Que transforma as trevas em lótus coloridos.
Que faz o chão virar um pedacinho da Terra Pura****.
E que faz sentir a respiração do Buda em cada Ser.

 
 
P.S.:
 
Que Amor é esse?...
Que faz a Luz acontecer em você, e também em mim?...
Que faz o coração da gente virar joia.
Que nos faz pequenos Budas...
Que nos faz irmãos de jornada espiritual e humana.
Que traz felicidade em nosso reencontro.
Que está com a gente, aqui e agora, como sempre esteve...
E sempre estará... Nas asas da Paz.
Ah, que o Buda nos abençoe!
E que assim seja.

Paz e Luz.

- Wagner Borges -
São Paulo, 03 de maio de 2011.

- Notas:

* Esse texto foi direcionado para os 30 participantes do grupo de estudos do Espaço Origens, no bairro do Brooklyn, em São Paulo. Foi escrito um pouco antes do início de uma reunião. E eu agradeço aos amparadores extrafísicos, que fizeram descer uma atmosfera espiritual maravilhosa sobre todas as pessoas presentes, dando a todos nós um grande presente espiritual. 

** Buda - do sânscrito - O Iluminado; Aquele que despertou! Palavra derivada de "Buddhi", que significa "Iluminação Pura" ou "Inteligência Pura". Ou seja, quem alcança o estado de Buddhi, torna-se um Buda, um ser iluminado e desperto.
 
*** Ananda - do sânscrito - bem-aventurança; êxtase espiritual.

**** Terra Pura - metáfora budista para a morada espiritual dos Budas.

 


VIAJANDO ESPIRITUALMENTE NO CANTO SECRETO DOS BUDAS DA TERRA PURA

("Que, da Terra Pura dos Budas, desça sobre os homens a compaixão silenciosa").

No silêncio da meditação, por entre os planos da vida, eu escuto o choro de muitas consciências, da Terra e do Astral.
 
Escuto em espírito, e oro ao Alto, pelo bem de todos os seres.
 
E sinto algo em meu coração. Um chamado sutil... Vindo da Terra Pura dos
Budas*.
 
E, de lá, desce uma canção de compaixão, serena e amiga, em prol dos homens.
Eu a escuto, com o coração. E meus olhos tornam-se duas cascatas de luz.
 
No meio delas, as lágrimas, por sentir um Grande Amor varrendo a poeira do
meu ego. Por perceber a ação secreta dos Budas, médicos da alma, cantando
pelo bem de todos.
 
E eu me pego envergonhado de mim mesmo, por não aguentar tanto amor descendo
aqui. E o meu choro revela-me, por inteiro, em espírito; revela a criança
que eu sou diante do infinito...
 
Então, sinto que outros estão chorando junto comigo, algures...
Eu não os vejo, mas sinto seus corações. E sinto o amor dos Budas entrando
neles.
 
Sinto o poder da luz e do esclarecimento libertando espíritos sofredores, de
todos os lugares. Sinto que correntes estão sendo partidas, e que a canção
cura suas dores e medos, levando-os para novos rumos, na vida que segue
além...
 
Também sinto o mesmo amor entrando em muitos corações dos homens da Terra,
secretamente... Nos doentes e nos médicos; nos alunos e nos professores; nos
pais e nos filhos; e em todo lugar.
 
A canção continua... E minhas lágrimas também. Ela é linda e serena. E eu
choro a dor do mundo.
 
Sozinho, entre a luz secreta do amor e as dores do mundo, e entre os Budas,
os espíritos e os homens, e sem ser mestre de coisa alguma, nem de mim
mesmo, eu só sei chorar, pois aqui eu só sou uma criança diante do
infinito...
 
Ah, tantos anos de experiência, e eu só sei chorar ao sentir um Grande Amor
em meu pequeno coração; só sei dar expressão às lágrimas, pois dissolvo-me
junto na canção.
 
Mas os Budas da Terra Pura não veem como sou pequeno e falível; eles só veem
o coração e a verdade que move um homem; eles só veem outro Buda, em
potencial.
 
E a canção deles não quebra apenas as correntes dos espíritos tristes, mas
também as minhas. Por isso, choramos juntos, mesmo em planos diferentes,
enquanto a canção de compaixão segue transformando os corações, por entre os
mundos, clareando os pensamentos e emoções de todos.
 
Lá em cima, os Budas cantam o despertar da consciência; cá embaixo, nós
choramos e lavamos nossas dores e tolices. Homens e espíritos, nós somos
crianças diante do infinito...
 
Contudo, para os Budas, nós também somos Budas! Por isso, eles cantam.
É para despertar o Buda em nós. Para que o amor floresça em nossos corações.
Eles sabem mais do que nós. Estão despertos na senda. Por isso, querem que
nós saibamos também. Por isso eles cantam...
 
E felizes são os corações que escutam essa canção secreta, mesmo chorando
tanto.
 
Em suas lágrimas está o choro de milhões de mundos dissolvendo-se na luz de
um Grande Amor.

P.S.:

Ah, tantas correntes partidas em segredo, no Astral e na Terra...
 

Tantas magias maléficas dissolvidas no poder de libertação de uma canção...

Tantas tristezas lavadas no choro limpo, por entre os muitos planos da vida...
 

Tantos corações tocados invisivelmente, por obra dos Budas...
 

Tantos Budas cantando, enquanto um Grande Amor segue secretamente trabalhando...
 

Ah, eu ainda irei chorar muito... Porque homem feito, fico igual criança diante do infinito...
 

E a canção deles continua, por aí, por entre os planos...
 

E felizes são aqueles que a escutam, em seus corações, em espírito e
verdade**.

(Dedicado aos homens e mulheres de boa vontade, de todas as raças, credos e culturas do mundo. Que, mesmo sob as pressões do mundo, eles não desistam de seus ideais sadios e nem reneguem a luz espiritual de seus corações. Que os Budas da Terra Pura os abençoem.)

Om Mani Padme Hum!***

Paz e Luz.


- Wagner Borges - criança do infinito, que não segue nenhuma doutrina criada pelos homens da Terra, sejam elas ocidentais ou orientais, e que sabe do poder que alguns escritos têm de ligar outros corações ao coração do Eterno, na sintonia do Amor e da Luz.

São Paulo, 20 de abril de 2009.

- Notas:

* Buda - do sânscrito - O Iluminado; Aquele que despertou! Palavra derivada de "Buddhi", que significa "Iluminação Pura" ou "Inteligência Pura". Ou seja, quem alcança o estado de Buddhi, torna-se um Buda, um ser iluminado e desperto.
 
** Enquanto eu escrevia essas linhas, rolava aqui no som o lindo CD. "Tibet - Cry of the Snow Lion" de Jeff Beal e Nawang Kechog - Lançamento nacional. A música "One Human Life" (faixa 2 do CD) é linda demais!
 
*** Om Mani Padme Hum - do sânscrito - sua tradução literal é: "Salve a joia no lótus". Esse é um mantra de evocação do boddhisattva da compaixão entre os budistas tibetanos e chineses. Om é a vibração do TODO. Mani é a "Joia espiritual que mora no coração"; ou seja, é o próprio Ser, a essência divina. Padme / Lótus é o chacra cardíaco que envolve, energeticamente, essa joia sutil. Hum é a vibração dessa compaixão do TODO vertendo a luz pelo chacra cardíaco em favor de todos os seres.

Esse mantra é mais conhecido como o "mantra da compaixão". É um dos mantras mais poderosos que conheço. Pode ser concentrado, mentalmente, dentro do peito "como se a voz mental estivesse reverberando ali", ou dentro de qualquer um dos chacras que a pessoa desejar ativar. No entanto, o melhor lugar para ele é realmente o chacra cardíaco, pois o que chega ali é distribuído para todo o corpo, pela circulação do sangue comandada pelo coração, e também a todos os outros chacras do corpo energético.

O chacra frontal, na testa, também é excelente para a prática desse mantra, pois o que chega nele é distribuído ao longo da coluna pelos nádis "condutos sutis de transporte energético pelo sistema", e comunicado a todos os outros chacras abaixo dele. Esse é o motivo pelo qual vários mestres iogues sempre aconselham aos seus discípulos iniciar alguma prática bioenergética por ele.

Um livro excelente sobre isso é o do pesquisador iogue japonês Hiroshi Motoyama, "Teoria dos Chacras", lançado no Brasil pela Editora Pensamento.




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